Floresta da Direção Norte

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Altas árvores se erguem em direção aos céus, árvores antigas
revelam parte da história do lugar. Marcas de garras cravadas em seus troncos
mostram o que um dia habitou entre elas. Um pequeno riacho corre no interior da
Floresta levando água para os aventureiros que decidem acampar nesse local.

Assunto: Re: Floresta da Direção Norte Sáb 25 Ago 2012, 7:48 pm

Um romper de chamas azuis iluminam a noite da Floresta, algumas aves e pequenas criaturas se afastas surpresas pela a forte luz emitida pela Fênix Azul.

O local parecia ideal para acampar, estava aproximadamente à 10 metros de distancia do riacho, dava para ouvir perfeitamente suas águas correndo. As árvores eram altas e suas folhas eram abundantes, perfeitas para camuflagem.

Lazward pousa em um galho próximo onde permanece observando o lugar. Ísis caminha perto de mim cheirando o solo. Titã permanece em meus ombros.

Abaixo-me sobre minha mala, abro-a cuidadosamente retirando o que parecia ser uma lona amarrada com inúmeras cordas. Coloco-a no chão próximo as árvores.

Aponto minha varinha para o amarrado, me concentro em suas cordas se desvencilhando alcançando rapidamente as árvores amarrando-se fortemente à elas. Concentro-me na lona se esticando e de seu interior se desenrolar uma simples escada de cordas. Faço um forte movimento circular e digo com clareza.

- Erecto.

Rapidamente as cordas se amarram nas árvores, esticando a lona que havia entre elas, uma pequena escada de cordas surgir do interior de minha nova barraca.

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- Ficou melhor do que eu imaginei.

Digo em voz baixa enquanto observo Ísis entrando na barraca. Titã concorda com a minha afirmação.

Viro me na direção da Floresta, com minha varinha ainda em punho aponto-a para a frente. Concentro-me profundamente e digo:

- Salvio Hexia.

Mantenho a varinha erguida com firmeza.

- Abaffiato.

Me mantenho concentrado.

- Cave Inimicum.

Faço um leve movimento para o lado enquando me desloco ao redor da barraca.

- Repello Trouxatum.

Faço um forte movimento para cima.

- Repello Inimigotum.

- Faço um novamente um forte movimento para cima.

- Protego Horribilis.

Continuo caminhando em torno da barraca.

- Fianto Duri.

Mantenho a concentração. Imagino uma nuvem de pássaros negros surgindo em pleno ar, faço um movimento circular anti-horário digo claramente:

- Tenebris Avis.

Um bando de aves negras se espalham por entre as árvores em torno da barraca.

Respiro fundo, estava levemente ofegante, nada que um bom um lanche não pudesse curar. Subo para o interior da barraca para desfazer minha mala.

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Dava-se inicio a uma bela tarde no Norte da Floresta da Névoa, aves cantavam, esquilos corriam, tudo aparentava está em sua mais completa ordem. As criaturas já haviam se acostumado com a presença do novo morador, ele já havia mostrado que não era uma ameaça. A névoa estava fina permitindo que os raios de sol iluminassem o local, as águas do riacho corriam calmamente.

Assunto: Re: Floresta da Direção Norte Ter 28 Ago 2012, 7:22 pm

Mais um dia em minha nova residência, viver na floresta estava sendo um experiência melhor do que eu imaginava. Até o momento não havia percebido a presença de nenhum bruxo ou trouxa nas proximidades. Minha convivência com as criaturas estava melhorando.

Recolhi lenha para preparar uma fogueira, a noite prometia ser fria, a névoa havia ficado mais densa dificultando a visão.

Após acender a fogueira, me sendo ao seu lado com um livro nas mãos. Titã se deitou ao meu lado adormecendo em seguida. Lazward dormia tranquilamente em um galho próximo a barraca. Ísis por sua vez se mostrava atenta, vigilante.

Passo calmamente as folhas do livro até chegar na página que desejava. Abro um Mapa Lunar ao meu lado e começo a fazer meu cálculos. Se a minha teoria estivesse certa causaria um grande impacto para os bruxos. De acordo com o calendário eu só teria minha confirmação em aproximadamente 2 dias, precisava ter paciência e cuidado acima de tudo. Pego um pergaminho novo e começo a fazer minhas anotações.

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Um novo ciclo se inicia nesta noite, a lua se mostra no céu, resplandecente e brilhante, um fenômeno magnífico de se vê, um verdadeiro presente para os olhos. Mas algo mais se revelava aquela noite, algo corria por entre as árvores tomado completamente por seus instintos mais primitivos.

Um som é ouvido por entre as árvores, um quebrar de galhos, um balançar de folhas, um rosnado abafado. Tais sons viajam como um eco por em meio a névoa da Floresta chamando atenção das criaturas que nela habitavam.

Assunto: Re: Floresta da Direção Norte Qui 30 Ago 2012, 9:38 pm

Estava quando adormecendo em minha barraca, seu interior era 5 vezes maior do que aparentava ser quando se olhava por fora, agradeço muito isso ao feitiços de expansão feito pela bruxa que me presenteou com a barraca.

Tudo parecia calmo até que escuto algo fora do comum. Titã rapidamente se poem em alerta, Ísis também se levanta.

O som vinha de entre as árvores, galhos quebrando, folhas se movendo e algo que lembrava o rosnar de um cão. Naquele momento eu sabia exatamente o que estava por vir.

Levanto-me rapidamente, salto para fora da barraca, assim que chego ao chão coloco minha varinha em punho, me viro na direção de minhas criaturas e digo:

- Nem pensem em me seguir é muito perigoso. As proteções são resistentes mas não irão segura-lo por muito tempo. Fiquem aqui!

Olho seriamente para as criaturas, elas respondem meu olhar com desaprovação, mas naquela situação eu sabia que estava fazendo o melhor por elas. Ergo minha varinha para a frente do meu corpo e começo a caminhar em para interior da Floresta, eu sabia exatamente qual era o limite dos escudo que havia colocado no local, me ponho bem em frente as proteções e começo a observar. Não acendo utilizo nenhum Feitiço de Luz pois o luar era o suficiente para iluminar a Floresta. Alguns minutos se passam até que eu escuto novamente o rosnado, estava a menos de 6 metros de mim.

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Lua estava em seu auge, exibindo todo sua beleza reluzente em meio aos céus. Porém nas noites de Lua Cheia algo além do lunar descomunal algo mais se revelava. Umas das feras mais vorazes e destrutivas, aniquiladoras, perfeitas para matar, os Lobisomens.

Um jovem, porém experiente bruxo se encontrava acampado no interior da parte Sul da Floresta da Névoa, um lugar onde há muitos anos teve relatos de um surto de lobisomens. Na época o Ministério da Magia declarou que os Lobisomens haviam sido capturados e retirados permanentemente do local. Pelo visto não ocorrera assim.

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Um rápido salto, um mover de folhas, um baque surdo, apenas isso foi ouvido antes do revelar da criatura diante dos olhos do bruxo. Já com sua varinha em punho ele se vê diante do Lobisomem. Sendo ele um amante dos Estudos e Tratos de Criaturas Mágicas sabia exatamente como proceder, mas a pessoas se comportam de maneiras diferentes quando colocadas sobre tensão.

Assunto: Re: Floresta da Direção Norte Sex 31 Ago 2012, 7:57 pm

Por mais que eu estivesse preparado para este momento, por mais que houvesse lido e aprendido, nada se compara a ação, a prática. Eu estava ali, cara-a-cara com um das maiores lendas do mundo, do mundo trouxa e do mundo bruxo, a lenda viva.

Observo com atenção, o lobisomem estava aproximadamente a 20 centímetros das minhas proteção, isto era indiferente, elas não iriam segura-lo por muito tempo. Ergo minha varinha diretamente para o Lobisomem, faço um leve movimento na direção dele fazendo com que minhas Aves Negras se lancem em sua direção.

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O lobisomem é atacado por um bando de pássaros negros, elas não causam danos ao lobisomem, apenas o irritam fazendo com que ele se jogue contra o bruxo.

Uma barreira de proteção impede do lobisomem se aproximar do bruxo, a fera luta vorazmente contra o bloqueio, arranhando e mordendo a barreira invisível. O cheiro da carne, da caça estimulava ainda mais os instintos do Lobisomem.

Assunto: Re: Floresta da Direção Norte Sex 31 Ago 2012, 8:11 pm

Não tinha como me manter ali daquela maneira, eu tinha um propósito e iria cumpri-lo, os riscos foram calculados, agora só dependia de mim. Aponto novamente minha varinha para o lobisomem e digo:

- Estupefaça.

Espero o Lobisomem ser lançado, caminho alguns passos. Me ponho parcialmente fora dos limites da proteção. Aponto a varinha para ele digo com firmeza:

- Incarcerous.

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O bruxo decide agir, sair da defensiva e partir para o ataque. Ele lança um forte feitiço estuporante contra o lobisomem lançando-o contra uma árvore. Sem demoras o bruxo avança, apontando sua varinha novamente contra fera e conjurando um emaranhado de cordas.

Mas o lobisomem não se deixaria abater tão facilmente. A fera logo se recupera do impacto da batida e antes das cordas alcançarem seu corpo ele salta para esquerda, em seguida avança contra o bruxo.

Assunto: Re: Floresta da Direção Norte Sex 31 Ago 2012, 8:27 pm

Apesar do meu Feitiço Estuporante te-lo acertado em cheio, as cordas conjuradas por mim não tiveram a mesma sorte, o lobisomem se esquivou e agora vinha em minha direção. Um pequeno flash repassa pela minha mente dando-me um visão parcial do que estava por vir.

Eu me mantenho imóvel, espero até o ultimo instante antes de agir, o lobisomem corria em minha direção. Assim que ele se aproxima o suficiente eu giro meu corpo saindo de sua direção, ele continua avançando, eu encosto minha varinha em seus pêlos e digo:

- Lacarnum Inflamarae.

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O lobisomem avança rapidamente contra o bruxo, mas é pego de surpresa por um súbito movimento. O bruxo se desloca da frente do lobisomem lançando chamas azuladas contra seu pêlo. As chamas se espelham lentamente, mas é o suficiente para deixar a fera em pânico, o lobisomem se joga contra o chão tentando apagar as chamas.

Assunto: Re: Floresta da Direção Norte Sex 31 Ago 2012, 8:57 pm

Era minha chance, era minha oportunidade, não podia deixar passar, caminho rapidamente contra o lobisomem, aponto a varinha contra ele fazendo um forte movimento de empurrão para frente e digo:

- Impedimenta.

Lanço a fera para próximo das árvores, aponto minha varinha para elas, me concentro na energia presente nas árvores fluindo com mais força e vitalidade na direção de seu tronco, mantenho a varinha apontada para elas fazendo um leve movimento de torção e digo:

- Draconi Arborum.

Algo começa a brotar no caule de duas das árvores, como se fosse um galho crescendo rapidamente, mas logo sua forma e definida e se torna nítida, era a cabeça de um dragão. Focinho, olhos, boca e dentes começam a surgir na lateral das duas árvores e em seguida avançarem contra o lobisomem.

Cada um dos dragão morde fortemente um dos braço da fera, deixando parcialmente imóvel. Os galhos em forma de cabeça de dragão logo perdem seus movimentos. Aponto minha varinha diretamente para o lobisomem e digo:

- Incarcerous.

Conjuro um emaranhado de cordas, amarrando os braços do lobisomem junto de seu corpo e em seguida prendendo suas pernas. A fera fica imóvel, presa.

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Estava acabado, o lobisomem fora preso, capturado, não havia mais nada que ele podia fazer.

Um homem normal, possivelmente tem um família ou é pai de uma família, deve ter amigos, um emprego, ou talvez seja tão jovem que apenas estude. Mas todo os mês, durante aquele ponto do ciclo lunar tudo se perde, tudo é esquecido, tudo se apaga para dar lugar a terrível fera que existe dentro dele. Quando acorda, não sabe onde está ou como chegou até ali, tem sangue nas mãos, possivelmente de um inocente, de um criança, de uma mãe, nunca se sabe. Resta para ele aceitar o sangue inocente em suas mãos e lutar para que ele não seja mais derramado.

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O Sol brilhava forte sobre o Norte da Floresta, a névoa estava leve permitindo que os raios solares iluminassem por entre as árvores. As criaturas da floresta seguiam suas rotinas normalmente, o pior dos perigos já havia passado.

Assunto: Re: Floresta da Direção Norte Dom 02 Set 2012, 12:15 pm

Sentia sol bater sobre meus olhos forçando-me a acordar, sentia fortes dores pelo corpo e uma queimação nas costas. Tentei me mover, mas meu corpo estava preso, abro meus olhos para saber o que me prendia. Meu corpo estava nu, circulado por inúmeras cordas, meus braços se encontravam presos entre galhos que lembravam a forma da cabeça de um Dragão.

Me desperto completamente do meu sono. Onde eu estava? Onde estavam minhas roupas? Quem me prendeu? Por que me prendeu? As perguntas surgem na minha mente como um turbilhão aumentando ainda mais meu desespero. Começo a me debater, tentando me libertar dos galhos e romper as cordas que me prendiam meus esforços não surtiam efeitos, a dores no meu corpo me limitavam. Escuto passos vindos em minha direção, não havia nada que eu podia fazer, estava totalmente vulnerável.

Assunto: Re: Floresta da Direção Norte Dom 02 Set 2012, 12:28 pm

Era uma tarde ensolarada, tudo indicava que o dia seria promissor. Minhas criaturas haviam saído para se alimentarem. Logo cedo eu havia colhido algumas frutas para meu café da manhã, pensei em levar algumas para o jovem que se encontrava amarrado próximo as barreiras de proteção de minha barraca. Porém ele ainda dormia.

Descido ir novamente até o jovem, ele precisava se alimentar e provavelmente estava com sede. Pego um conjunto de vestes limpas junto com o embrulho no qual continha as frutas e um cantil com água.

Caminho até ele, percebo que ele finalmente havia acordado e estava tentando se libertar. Olho amistosamente para ele enquanto me aproximo. Por sua vez ele olhava para mim, não era um olhar de raiva e muito menos de ódio, e sim de confusão e medo. Logo percebi tudo que se passava.

Ele não sabia que era um lobisomem, não sabia como aquilo tinha acontecido com ele, como tinha chegado até aquele lugar ou porque estava amarrado. Era apenas um bruxo muito confuso com tudo que estava acontecendo.

Coloca as vestes e o embrulho na frente do jovem, sorrio para ele e digo:

- Prazer, sou Wey Wintter, Professor de Estudo e Trato de Criaturas. Como se chama?

Assunto: Re: Floresta da Direção Norte Ter 04 Set 2012, 7:56 pm

- Prazer, sou Wey Wintter, Professor de Estudo e Trato de Criaturas. Como se chama?

O jovem bruxo se apresenta diante de minha, ele me oferece vestes limpas e embrulho que exalava um forte cheiro de frutas. Confesso que estava apavorado, mas logo me acalmei, pois se a intenção do bruxo fosse me matar ele já teria feito.

- Meu nome é Octavio Simon.

Mantenho meu olhar fixo em Wey, eu queria fazer todas as perguntas que ecoavam na minha mente, mas achei por melhor esperar.

Assunto: Re: Floresta da Direção Norte Ter 04 Set 2012, 8:06 pm

- Pois bem Octavio eu irei te libertar, sei que você tem muitas perguntas para me fazer e eu lhe garanto que irei tentar responde-las da melhor maneira possível.

Pego minha varinha aponta com firmeza da direção dos galhos em forma de Dragão e digo:

- Reducto.

Destruo um galho de cada vez, em seguida aponto minha varinha na direção das corda que estão em volta de Octavio, faço um movimento de corte e digo:

- Deffindo.

Faço as cordas de romperem, guardo minha varinha e espero até que Octavio se vista e faça sua refeição.

Assunto: Re: Floresta da Direção Norte Ter 04 Set 2012, 8:13 pm

O bruxo me liberta, rapidamente me levanto e começo a me vestir, ainda sinto fortes dores, mas já estavam se tornando suportáveis. Após vestir-me abro o embrulho e começo a comer as frutas que nele continha.

- Onde eu estou?

Pergunto ainda mastigando um pedaço de algo que parecia ser uma pêra mas tinha gosto de maçã.

- Como vim parar aqui?

Assunto: Re: Floresta da Direção Norte Ter 04 Set 2012, 8:20 pm

Me sento próximo de Octavio, aguardando pacientemente que ele acabasse de comer, era obvio que alguém na situação que ele estava, alguém que passou pelo o que ele passou estaria sentindo fome.

- Onde eu estou?

- Você está ao norte da Floresta da Névoa.

Ele começa suas perguntas sem nem mesmo terminar de comer, eu não fazia ideia que frutas eram aquelas, mas o Titã me disse que eram comestíveis.

- Como vim parar aqui?

Olho fixamente para Octavio e percebo algo que me angustia, ele não sabia que era um lobisomem. Era um fato que já havia ocorrido outras vez no decorrer da história, pessoas que eram atacadas a noite, não viam o que lhes atacara, perdiam a consciência sem saber o porque. Tento preparar a notícia da melhor maneiro possível.

- Isso nós iremos descobrir juntos. Você foi atacado por algum animal recentemente?

Aguardo a resposta.

Assunto: Re: Floresta da Direção Norte Ter 04 Set 2012, 8:28 pm

Norte da Floresta da Névoa, pelo visto não havia me afastado tanto quanto eu pensei. Escuto atenciosamente a pergunta que Wey me faz:

- Recentemente não, faz uns dois meses que eu tive um acidente com Crupe aqui nessa floresta, mas não foi nada grave.

Continuo comendo.

Assunto: Re: Floresta da Direção Norte Ter 04 Set 2012, 8:33 pm

- Há dois meses? Pelo visto você não se lembra de nada que aconteceu ontem a noite, você já teve algum lapso desse antes?

Pergunto, mantendo meu olhar fixo em Octavio, não sabia como ele reagiria a uma notícia dessas. Lobisomens não eram muito perigosos fora da Lua Cheia, mas podiam se irritar facilmente.

Assunto: Re: Floresta da Direção Norte Ter 04 Set 2012, 8:41 pm

Reflito cuidadosamente na pergunta, realmente não era a primeira vez que eu tinha um lapso daqueles:

- Sim... Eu já tive outro lapso desses a um mês atrás, mas foi no final de uma festa, eu sabia que não deveria ter bebido aquela 3ª garrafa de Hidromel. Acordei na manhã seguinte, no meu de um bosque sem minhas roupas. Tinha uma família de trouxas me olhando, o filho deles estava me cutucando com um graveto enquanto o pai estava ligando pra polícia, tive que apagar a mente deles e me desiludir pra sair do local.

Prendo uma risada, uma risada constrangedora pela situação que eu havia passado.

Assunto: Re: Floresta da Direção Norte Ter 04 Set 2012, 8:45 pm

Escuto o relato com atenção, seria hilário se não fosse trágico. Ele realmente não havia ligado os pontos daquilo tudo:

- Era noite de Lua Cheia quando você teve esse lapso, certo? Da mesma forma que era Lua Cheia no dia que você foi ataca por esse tal Crupe, certo?

Respiro fundo antes de prosseguir.

- Você sabe muito bem que não existem Crupes por esta região.

Assunto: Re: Floresta da Direção Norte Ter 04 Set 2012, 8:53 pm

Paro forçando-me a lembrar, felizmente eu utilizava constantemente o Calendário Lunar nas minhas viagens.

- Sim era lua cheia em ambas as noites, mas...

- Você sabe muito bem que não existem Crupes por esta região.

Penso no que ele acaba de dizer. Recordo-me da noite que fui atacado, realmente eu não vi se foi um Crupe, sei apenas que foi uma mordida, mas a criatura fugiu antes de eu poder vê-la. Mas se não foi um Crupe o que mais seria...

Os fatos começam a se unir na minha mente, mordida na lua cheia, lapsos de memória durante a mesma fase lunar, dores, gosto desigual por carne. Tudo parecia claro agora.

- Não pode ser... Eu sou... Eu sou um... Lobisomem..?

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Alguns dias haviam se passado desde a lua cheia, Wey ajudou Octavio a recolher seus pertences que estavam a poucos quilômetros de seu acampamento.

Octavio ainda sentia dificuldades em aceitar sua nova condição de licantropo, passava as noites pensando porque aquilo havia acontecido com ele. A aceitação estava sendo muito difícil.

Wey passava horas em torno de livros e pergaminhos procurando informações que pudesse ajudá-lo a preparar a Poção Mata-Cão, a única coisa que poderia gerar algum conforto para Octavio.

Porém a Poção Mata-Cão era algo muito complexo de se fazer, principalmente para um bruxo que não se entendia muito bem com o ramo de poções.

Assunto: Re: Floresta da Direção Norte Sex 14 Set 2012, 7:41 pm

Minha mente estava embaralhada, sem sentido, como se a névoa da floresta tivesse tomado conta de meus pensamentos. Não sabia o que fazer, nem para onde ir, além do mais, quem me aceitaria agora, eu havia me transformado em uma criatura instável e perigosa. Nunca pensei que algo assim aconteceria comigo. Sempre me diziam que eu passava tanto tempo na floresta que iria acabar criando galhos, bem na realidade em vez dos galhos adquiri coisa muito pior.

Viro-me e observo Wey, um bruxo que eu não conhecia, não sabia de onde vinha nem o que estava fazendo em um lugar como este. A única coisa que eu sabia e que ele estava tentando me ajudar da melhor maneira que podia. Ele tratava de muitas criaturas, percebi a presença de uma fênix, um pseudodragão e de uma Gata Mau-Egípcio. Será que ele me via como mais um bicho de estimação?

Assunto: Re: Floresta da Direção Norte Sex 14 Set 2012, 7:47 pm

- Não, eu não vejo você como mais um bicho de estimação. Vejo você como uma pessoa com problemas que precisa de ajuda. Entendeu?

Direciono meu olhar para Octavio, percebo que ele me olha com uma expressão de susto, surpresa.

- Desculpe, eu possuo o dom da precognição que acabou desenvolvendo uma certa capacidade de ligilimência. Não tive a intensão de ouvir seus pensamentos, mas como eles foram direcionados a mim acabou acontecendo.

Espero paciente pela reação dele.

Assunto: Re: Floresta da Direção Norte Sex 14 Set 2012, 7:56 pm

- Não, eu não vejo você como mais um bicho de estimação. Vejo você como uma pessoa com problemas que precisa de ajuda. Entendeu?

Aquelas palavras cortaram o silêncio do local causando-me um grande susto. Como aquilo era possível?

Escuto a explicação dele com atenção, não fazia idéia do que era precognição, mas já havia conhecido uma bruxa que possuía leigilimência, se não fosse por infantilidade minha eu estaria casado com ela hoje.

- Entendi tudo bem... Você pode me explicar o que é precognição? Não tenho muito conhecimento nessa área.

E mesmo se tivesse, meu pensamentos ainda estavam dispersos, mas creio que uma conversa cujo o foco não seja Licantropia iria me fazer bem.

Assunto: Re: Floresta da Direção Norte Sex 14 Set 2012, 8:16 pm

- Precognição é uma percepção extra-sensorial na qual o indivíduo percebe uma informação sobre um futuro local ou evento antes dele acontecer. É diferente da premonição, premonições são visão quase sempre nítidas, na precognição é mais como uma sensação.

Falo pausadamente para ter certeza de que Octavio esta conseguindo acompanhar.

- As vezes as sensações são tão fortes que me possibilitam até mesmo de ver algumas imagens, ouvir alguns sons, mas nada comparado a premonição.

Assunto: Re: Floresta da Direção Norte Sex 14 Set 2012, 8:23 pm

Escuto toda explicação com toda a atenção que minha condição atual permitia. Algumas de minhas dúvidas são desfeitas mais outras ainda persistem.

- Entendi... Você tipo que sente as coisas que vão acontecer no futuro e ainda escuta alguns pensamentos alheios... Mais alguma coisa que eu deva saber sobre você... Você como carne humana?

Precisa fazer uma piada para me sentir melhor. E também o que um professor de Estudo e Trato de Criaturas Mágicas e Ex-diretor de uma escola estaria fazendo em meio a Floresta da névoa, caçando fadas?

Assunto: Re: Floresta da Direção Norte Sex 14 Set 2012, 8:28 pm

- Sou um excelente oclumente, sou animago, não como carne humana e nem caço fadas.

Olho naturalmente para Octavio, ele me observa com uma expressão confusa.

- Lembre-se, pensamentos direcionados a minha pessoa tem "um som mais alto"...

Seguro um riso e volto para os pergaminhos.

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Mais uma manhã se iniciava em meio a Floresta da Névoa, o sol lutava para atravessar a espessa névoa que encobria o chão da Floresta. As criaturas nativas começavam suas diárias rotinas em meio às magníficas árvores.

Octavio havia acordado cedo para pescar, desde que decidiu aceitar a ajuda de Wey ambos decidiram dividir as tarefas do acampamento, aquele era o dia de Octavio cozinhar. Enquanto isso Wey se mantinha em uma parte mais afastada da barraca, diante de um caldeirão de estanho.

Assunto: Re: Floresta da Direção Norte Dom 16 Set 2012, 11:39 am

Acordo cedo, me preparando para uma missão que a meu ver não seria nada fácil. Acendo uma fogueira afastada da barraca, coloco um caldeirão de estanho sobre a fogueira. Assim inicio o preparo de uma das poções mais complexas que já vi.

Com auxílio de um dosador, adiciono 250mls de água no interior do caldeirão, em seguida posiciono um termômetro para poder verificar a temperatura da água.

10 °C
20° C
30 °C
40 °C

Enquanto a água está aquecendo eu abro uma pequena caixa de madeira. Dentro dela havia todos os ingredientes necessários para o preparo de tal poção, alguns necessitavam de grandes buscas para serem conseguidos, mas estavam todos ali.
Pego exatamente três presas de cobra.

50°C
60 °C
70 °C
80 °C
90 °C
100 °C

A água presente no caldeirão começa a ferver, removo o termômetro, extraio o veneno presente nas três presas de cobras, despejando tal veneno sobre a água. Mantenho atenção na lenha sob o caldeirão.
Começo a moer algumas teias de aranha que havia colhido naquela manhã, teias banhadas pelo orvalho da noite. Assim que termino de moer as teias cuidadosamente eu as despejo no interior do caldeirão, com o auxilio de uma colher de madeira mexo o conteúdo do caldeirão 04 vezes no sentido horário.
Aguardo alguns instantes, pego uma margarida de cuidadosamente começo a soltar suas pétalas, soltando-as sobre o conteúdo do caldeirão. Uma a uma vou adicionando as pétalas, espalhando-as sobre toda a superfície da poção. Após a adição das pétalas de margarida, mexo o conteúdo do caldeirão 07 vezes no sentido horário. Coloco mais um pedaço de lenha sob o caldeirão para manter o fogo estável.

Era só até ali que eu podia seguir, agora vinha uma espera de 24 horas para poder prosseguir. Constantemente eu teria que observar a ação do fogo para que ele não se apagasse, havia feito o fogo manualmente para não ter risco de surgimento de cinzais.

Caminho em direção a barraca, deixando a primeira parte da poção em preparo. Minha gata Ísis se aproxima de mim, olhando-me atentamente.

- Que bom que está aqui Ísis preciso de sua ajuda. Vigie este caldeirão com atenção, não permita que nenhuma criatura se aproxime dele certo?

Ísis emitiu um miado de aprovação, seguindo em direção ao caldeirão. Mas tarde eu teria que retornar para observar o fogo, mas naquele momento só restava esperar.

Assunto: Re: Floresta da Direção Norte Dom 16 Set 2012, 11:48 am

Observo ao longe Wey começar a preparar um poção, ele havia mencionado que começaria hoje. Não ofereci minha ajuda, era péssimo em poções, conseguia muito mal cozinhar peixe.

Vejo que ele começa a se afastar do caldeirão, deixando o fogo estável. Ele caminha em minha direção sentando-se ao meu lado, em seguida ela pega um dos espetos com peixe e começa a comer.

- Já acabou? Pensei que fosse demorar mais.

Assunto: Re: Floresta da Direção Norte Dom 16 Set 2012, 12:01 pm

Sento ao lado de Octavio, pego um dos espetos de de peixe e começo a comer. Estavam quentes, o gosto era muito diferente uma mistura de musgo com areia, mas pelo menos estava quente.

- Ainda não acabei, esta é apenas a primeira parte da poção, ela tem que cozinhar durante 24 horas. A segunda parte terá que ser feita durante a noite e depois que eu irei juntar as duas partes e assim por diante. Ela é realmente muito complexa.

Explico atenciosamente para Octavio.

Assunto: Re: Floresta da Direção Norte Seg 17 Set 2012, 12:49 pm

Após se completar às 24 horas necessárias para se concluir a primeira parte da poção, eu caminho até o caldeirão e apago o fogo. Espero até que a poção se esfrie então cuidadosamente com o auxilio de um funil armazeno a primeira parte da poção em um frasco, guardando-a na caixa de ingredientes. Em seguida aponto minha varinha para o interior do caldeirão e digo:

- Limpar.

Todos os resíduos de poção desaparecem do interior do caldeirão, agora eu teria que esperar até o pôr do sol para poder prosseguir. A primeira parte da poção era pra ser preparada de dia, a segunda parte tinha que ser preparada a noite. Retorno para a barraca e aguardo.

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As sombras da noite tomavam conta da Floresta, a presença da
névoa se tornara mais forte deixando as sombras ainda mais profundas. A visão
estava dificultosa, Octavio havia acendido uma fogueira próxima a barraca. Wey
por sua vez estava afastado, se dedicando a preparação da segunda parte da
poção.

Assunto: Re: Floresta da Direção Norte Seg 17 Set 2012, 9:27 pm

Coloco o cadeirão limpo sobre o fogo, adiciono 250mls de água. Posiciono o termômetro para poder acompanhar a temperatura da água.

10 °C
20 °C
30 °C
40 °C
50 °C
60 °C

Pego cuidadosamente os ramos de Descurainia e começo a fatiá-los em pedaços pequenos. Mantendo atenção para que os pedaços fiquem em tamanho uniforme.

70 °C
80 °C
90 °C
100 °C

Observo que a água começou a ferver, adiciono os ramos fatiados de Descurainia letamente no caldeirão. Agora era o momento para extrair o muco dos vermes-cegos , algo devia ser feito com cautela para não destroçar os vermes e perder todo o muco. Com as costas de uma colher de prata eu pressiono cuidadosamente o verme-cego de trás para frente sobre uma tábua de madeira. O muco é expelido rapidamente, eu recolho todo o muco com o auxilio de uma colher de madeira e despejo sobre o conteúdo do caldeirão. Com a colher de madeira mexo o conteúdo do caldeirão 11 vezes para o sentido anti-horário.

Aguardo alguns instantes até prosseguir, pego algumas folhas de arruda e acrescento ao conteúdo do caldeirão. Uniformemente eu contorno toda a poção com as folhas, um forte cheiro exala do interior do caldeirão, o odor relaxa todos os meus músculos. Pisco fortemente os olhos forçando-me a concentração.

Com um simples movimento da varinha e apago o fogo sob o caldeirão. Aguardo a poção se esfriar reservando-a em um frasco limpo, pego um pedaço de pano negro e cubro o frasco da poção.
“Essa é a parte da poção correspondente a noite, em hipótese alguma ela pode ficar em contato com os sol, ou tudo estará perdido.”
Após cobri-la cuidadosamente com o pano negro a ponho dentro da caixa de madeira para que possa descansar. Agora teria que esperar mais um dia para prosseguir, tranco a caixa de madeira, limpo o caldeirão e retorno para a barraca.

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Mais uma noite se estendia ao longo da Floresta da Névoa, as criaturas noturnas começavam a sair, a lua crescente rasgava o céu como um sorriso para seus habitantes.
A névoa da Floresta estava menos densa está noite. Permitindo uma visão melhor do espaço entre as árvores. Octavio se mantinha sentado próximo a barraca observando Wey que prosseguia com o preparo da poção.

Assunto: Re: Floresta da Direção Norte Qui 20 Set 2012, 9:36 pm

A lenha já estava em brasas, o caldeirão bem posicionado, os ingredientes bem organizados. Tudo pronto para prosseguir com o preparo da poção.
Pego simultaneamente o frasco com a Essência Diurna e o frasco com a Essência Noturna. Adiciono ambos ao caldeirão, de maneira igual e bem sincronizada.

Ambos derramá-las no caldeirão, com o auxílio de uma colher de pau mexo o conteúdo do caldeirão 12 vezes para o sentido horário e 12 vezes no sentido anti-horário. A fórmula muda de cor, de verde escuro se torna roxo vivo. Logo após adiciono 07 saliência de Murtisco.

Um forte vapor começa a sair de dentro do caldeirão, o vapor era denso e de cheiro muito forte, eu precisava agir logo. Rapidamente adiciono 07 ferrões secos de Gira-gira dentro do caldeirão. O vapor cessa, e gradualmente a poção ganha um cheiro adocicado. Aguardo alguns instantes.

Coloco mais lenha sob o caldeirão, aumentando o fogo, deixando-o mais forte. A poção começa a borbulhar preguiçosamente. Começo a moer as lesmas, sempre do dorso pra baixo, após moer as 04 lesmas despejo-as no interior do caldeirão. A poção muda novamente de cor, ficando verde musgo e com um cheiro pouco agradável. Aguardo alguns instantes antes de adicionar a Cumari, espremo elas sobre a poção, exatamente 14 gotas.

Mexo o caldeirão, 04 vezes no sentido horário e 04 no sentido anti-horário, repito este movimento 03 vezes.

O vapor aumenta, a poção ferve fortemente, era o momento ideal para prosseguir. Adiciono ao caldeirão 31 folhas de menta e dois Oodes. Agora só restava esperar, a poção teria que ferver por mais um dia até poder adicionar os últimos ingredientes.

Me levanto e começo a caminhar em direção à barraca, Ísis logo se põem em guarda ao lado do caldeirão, tomando conta para que nada prejudicasse a poção, sorrio para ela e continuo a andar.

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O dia estava prestes a se acabar, mais uma tarde se perdia em meio às sobras. O tempo estava nublado, nuvens densas deslizavam pelo céu, uma forte chuva se aproximava. O tempo nublado deixava a névoa da floresta ainda mais densa, dificultando ainda mais a visão.

O caldeirão ainda fervilhava, a poção estava quase acabada. Tudo teria que ser concluido antes do cair da chuva, ou então todo o trabalho seria perdido.

Assunto: Re: Floresta da Direção Norte Dom 23 Set 2012, 11:22 am

Estava finalmente na reta final, não tão esperada conclusão, o momento que estava esperando há dias. Aproximo-me do caldeirão e observo seu conteúdo, a poção estava espessa, seu cheiro estava levemente doce, a poção borbulhava fervorosamente.

Apanho um besouro-da-melancolia e começo cuidadosamente a extrair sua secreção em um vasilhame. O besouro-da-melancolia era grande, redeu exatamente 25mls de secreção. Preparo o sangue de salamandra, exatos 25mls para equilibrar com a secreção do besouro-da-melancolia. Despejo ambos os ingrediente uniformemente no interior do caldeirão, em seguida com auxilio de uma colher de madeira mexo a poção 04 vezes no sentido horário e 04 vezes no sentido anti-horário.

A poção adquire um tom avermelhado por causa do sangue de salamandra e um fraco cheiro azedo por causa da secreção do besouro-da-melancolia.

E chegado ao grande final, à adição do último e mais importante ingrediente, o Acônito. Pego a raiz de acônito com cuidado, elas eram fortes e espessas, começo a cortá-las em pequenos pedaços de tamanho uniforme. Após terminar de cortá-las chega o momento tão esperado, adiciono as raízes cortadas bem no centro do caldeirão.

Rapidamente o borbulhar da poção aumenta espalhando as raízes cortadas, um forte chiado é emitido similar a um bule de chá. A poção fervilha tanto que parece que irá saltar para fora do caldeirão. Logo tudo cessa o borbulhar se acalma, a fervura termina e poção se aquieta.

Removo o caldeirão do fogo e aguardo a poção esfriar, logo após com a ajuda de um funil ponho a poção dentro de um cantil de 300mls. E finalmente estava acabada.

Assunto: Re: Floresta da Direção Norte Sex 28 Set 2012, 9:07 pm

Havia acabado de buscar água do riacho, estava retornando para a barraca quando percebi a aproximação de uma coruja. Logo reconheci a ave, já sabia exatamente de quem era.

A coruja carregava um pequeno bilhete enrolado em sua pata, pego o pequeno pergaminho e começo a lê-lo.

"Olá Wey! A muito não tenho noticias suas, espero que esteja bem. Soube que retornará para o castelo, me alegrei com a notícia, estou saindo em expedição ao ninho dos dragões, gostaria de saber se estaria interessado em me acompanhar. Partirei em breve, se puder me responder com urgencia ficaria grato. Esperando que esteja bem, - Levi ."

Repito a leitura do pergaminho umas três vezes até acreditar na mensagem. Rapidamente pego um pedaço de carvão no chão e começo a escrever uma resposta sob a mensagem de Levi.

"Fico extremamente agradecido com o seu covite, será uma honra acompanha-lo nesta expedição. Estarei voltando logo para o castelo, mais um vez obrigado pelo convite - Wey"

Amarro novamente o pequeno pergaminho na pata da coruja, ofereço-lhe um petisco antes da ave levantar voo.

Observo-a voando, sumindo ao longo do horizonte.

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Era magnífica a forma com que o tempo, dia após dia, semana após semana, mês após mês, às vezes nem percebemos o quanto ele já passou.

Há um mês um bruxo, especialista no estudo e trato de criaturas mágicas decidiu se empenhar em uma aventura em meio à floresta da névoa, onde se deparou com a presença de um lobisomem. Após uma difícil batalha o licantropo foi aprisionado e em seguida retornado para sua forma humana. Ele era apenas um bruxo desorientado que precisava de ajuda.

Wey começa a se dedicar ao preparo de uma Poção de Acônito para poder neutralizar os efeitos da transformação de Octavio. O prepara de tal poção era tremendamente complexa, ainda mais por alguém que não era mestre nesta arte. Apesar de tudo a poção fica pronta com um teórico sucesso, mas como saber se ela funcionaria em prática?

A dama da noite rompe novamente os céus, rasgando as nuvens com sua luz, penetrando em meio à névoa, iluminando a floresta. A lua cheia mostrava novamente todo seu esplendo em meio à noite, iluminando a floresta e revelando alguns de seus segredos.

Assunto: Re: Floresta da Direção Norte Sáb 29 Set 2012, 9:25 pm

Era uma sensação terrível, como se todo o ar presente em meus pulmões estivessem sendo o suficiente para meu corpo. Minha pulsação aumenta, meu coração dispara de tal maneira que sinto como se ele fosse eclodir. Uma dor terrível se alastra pelos meus ossos, como se eles estivessem rachando de dentro pra fora.

Começo a me desesperar, sinto como se minha consciência estivesse se esvaindo, meus pensamentos começam a se afastar. Logo as coisas começam a ficar desconexas e sem sentido, até mesmo o desconforto e a dor perdem a razão. Tudo estava se apagando e dando lugar para algo diferente, uma grande fúria tomava conta minhas veias, a fome, a ânsia pela caça, o cheiro da carne humana.

Assunto: Re: Floresta da Direção Norte Sáb 29 Set 2012, 9:37 pm

Percebo que algo de errado está acontecendo com Octavio, seu corpo estava estático e seus olhos fixos para os céus. Poucos segundos se passam até que eu percebo o que ocorria, eu havia esquecido que observar o mapa lunar, não havia acompanhado o movimento da lua.

- Titã! Pegue a Poção de Acônito!

Ordeno para Titã, o pseudodragão voa rapidamente até a mochila de Octavio, ele à rasga utilizado seus dentes e garras. Eu começo a correr na direção de Octavio, pego minha varinha e aponto para ele:

- Estupore!

Lanço-lhe um estuporante, ele é acertado em cheio caindo de joelhos no chão, o feitiço não surtira todo seu efeito pois a licantropia neutralizava boa parte deles.

Titão voa para perto de mim jogando a Poção de Acônito em minha mão. Com a minha vazia, usando de toda a destreza, eu pego o cantil onde estava a Poção e continuo me deslocando para perto de Octavio.

Finalmente me aproximo, destanpo rapidamente o cantil e despejo uma boa quantidade da poção em sua boca.

Neste momento ele se vira contra minha golpeando minha barriga em cheio. Consigo tampar o cantil para que Poção não entorne, porém não consigo evitar a queda.

» Floresta Proibida